19/04/2014
GAME DAY

Amigos dão excelente réplica frente a açorianos

O CAB e o Lusitânia disputaram, no Funchal, o primeiro jogo dos quartos-de-final do ‘playoff’ da Liga Masculina. A série é disputada à melhor de cinco jogos, sendo que a equipa que se apura para a meia-final é aquela que vence primeiro três jogos. Os primeiros dois jogos são realizados no Funchal e os dois jogos seguintes são nos Açores. O quinto jogo, a ser necessário, será realizado no Pavilhão do CAB.

O CAB apresentou-se a jogo sem o seu trio de jogadores americanos, que regressaram aos Estados Unidos esta semana como resultado de uma decisão forçada ao clube pelas restrições financeiras graves que estão a ser impostas a todo o desporto regional. Os Amigos entraram em campo, por isso, apenas com jogadores portugueses, que, juntos, estão encarregues de concluir a época do CAB, algo que irão fazer, estamos certos, com imensa entrega, motivação e empenho.

O primeiro período foi extremamente equilibrado, com as equipas a chegarem ao fim dos primeiros dez minutos com o marcador em 16-19, a favor dos visitantes. Certamente, a equipa dos Açores não esperava um CAB tão aguerrido, que, no primeiro tempo, esteve exemplar no capítulo defensivo e muito consistente no ataque, com soluções inteligentes de lançamento.

No segundo período, o Lusitânia foi pontualmente superior ao CAB (17-18), mas a equipa da casa voltou a estar em grande, oferecendo uma grande réplica, quer ao nível da entrega ao jogo, quer ao muito que estavam a fazer os açorianos lutar para se superiorizarem. O intervalo chegou com o marcador em 33-37, mas era evidente a todos os presentes e aos que assistiam ao jogo via ‘Live Stream’ que a equipa do CAB estava a jogar excelente basquetebol e a demonstrar grande espírito de grupo.

Na parte dos da casa, a principal referência eram Jorge Coelho e Jorge Freitas, que chegaram ao intervalo com 17 pontos e 9 pontos, respectivamente nos visitantes, era James Smith, com 13 pontos, quem mais marcava.  

No terceiro período, o CAB entrou com muita força e dominou o adversário. Nesta fase, os da casa chegaram a estar na frente do marcador por 44-42. Contudo, e como seria de esperar, à medida que o terceiro tempo avançou, o desgaste físico do CAB tornou-se evidente. O acumular de minutos nas pernas dos homens que jogam de vermelho e a ausência de rotação foram factores explorados habilmente pelo Lusitânia, que, na segunda parte do terceiro período começou a alargar a distância para o CAB e chegou ao fim do tempo a ganhar por 46-54.

No quarto e último período, o cansaço apoderou-se, totalmente, da equipa da casa, que, mesmo assim, nunca baixou os braços e deu uma verdadeira lição de entrega e de personalidade a quem seguia o encontro. Apesar da maior frescura física do Lusitânia, o CAB nunca entregou o jogo e lutou até ao último segundo. Porém, o Lusitânia, com mais opções e maior frescura física, venceu o encontro por 61-72.

Uma nota final de merecido reconhecimento aos ‘nossos rapazes’. Ao longo de toda a época, o grande sentido de identidade e verticalidade humana que têm demonstrado tornou-se já ma marca destes homens que defendem a nossa camisola. A forma como hoje se entregaram ao jogo, num momento tão difícil da história do clube, representa, para todo o clube, um verdadeiro exemplo que deve ser respeitado e acarinhado. Independentemente dos resultados, eles são os nossos campeões.

Em termos individuais: Nuno Sousa, Roberto Rodrigues, Carlos Bettencourt, Jorge Freitas (14), João Jardim, Edson Rosario (7), Fabio Lima (11), Jorge Coelho (25) e Frederico Tavares (4).