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13/03/2014
GAME DAY
Amigos derrotados pelo Vitória após prolongamento
O CAB defrontou o Vitória no primeiro jogo da Final 8 da Taça de Portugal Masculina. A partida foi disputada em Fafe, onde o ponto alto desta competição está a decorrer. De referir, em jeito de curiosidade, que Fafe foi também o palco onde, em 2011, a equipa masculina do CAB venceu a Taça de Portugal, a primeira da sua história, ao derrotar, na final, a formação do Penafiel.
O jogo começou bem para os Amigos, que abriram o jogo com três triplos consecutivos, um sinal de que os continentais teriam de se preocupar com o jogo exterior dos Amigos. Não demorou muito para o Vitória reagir, algo que aconteceu fruto, essencialmente, da acção do seu jogador estrangeiro, Anthony Meier. Mesmo assim, o CAB, graças à sua defesa agressiva, conseguiu defender a vantagem que ia lentamente conquistando e chegou ao fim do primeiro tempo a vencer por 19-25. Ricky Franklin (11 pontos) e Fabio Lima (6 pontos) eram as principais referências dos Amigos nesta fase da partida.
No segundo período, esteve melhor o Vitória, que se apresentou mais agressivo. Do outro lado, o CAB dava sinais de cansaço e estava muito faltoso. Na realidade, boa parte dos pontos dos continentais foram conquistados a partir da linha de lance livre. Apesar de não estarem particularmente eficazes, os homens do norte reduziram a diferença para 4 pontos e chegaram ao intervalo a perder por 'apenas' 4 pontos, com o marcador em 34-38. Os Amigos mais inspirados nesta fase do encontro eram Ricky Franklin (18 pontos) e Jobi Wall (6 pontos, 6 ressaltos).
O regresso dos balneários foi mais conseguido para a equipa do CAB. Os Amigos não só conseguiram manter a defesa pressionante que tinham conseguido implementar na primeira parte, mas também estavam a diversificar as suas opções ofensivas, com mais jogadores a contribuirem para a importante tarefa de marcar pontos.
Quando decorria o minuto 5 do terceiro tempo, o jogador Jorge Coelho foi excluido do encontro na sequência de uma falta desqualificante contraída num envolvimento pouco cordial com o jogador João Balseiro. Sem o seu poste de referência, pois o americano Aaron Anderson estava muito limitado por uma lesão contraída no pé, a questão que se colocava era se o CAB iria ceder aos adversários ou se, pelo contrário, iria conseguir segurar a vantagem no marcador, que, nesta altura, apresentava 35-44, a favor dos madeirenses.
O Vitória apercebeu-se da pressão acrescida que, subitamente, recaiu sobre o CAB e apostou tudo numa recuperação. Explorando bem o jogo interior e forçando os Amigos a várias perdas de bola sem lançamento, os continentais reduziram, com mérito, a diferença pontual e chegaram ao final do terceiro tempo a perder por 5 pontos, com o marcador em 45-50, ainda a favor do CAB. Estava tudo em aberto para os últimos 10 minutos do encontro.
O último período foi um de intensa pressão para ambos os lados. O CAB tentou, a todo o custo, preservar a sua superioridade em campo, tempo no quarteto de Ricky Franklin, Fabio Lima, Aaron Anderson e Jobi Wall as suas referências ofensivas. Nos momentos certos, estes jogadores tentaram explorar, a seu favor, a defesa dos continentais, de forma a marcar pontos fundamentais. Já no lado do Vitória, a estratégia era a de explorar a vantagem de estatura nas zonas perto do cesto, inclusivamente as segundas oportunidades de lançamento, resultantes de ressaltos ganhos na tabela defendida pelo CAB. Para nada contribuiu uma nova exclusão da partida, desta feita de Aaron Anderson, por acumulação de faltas, quando ainda faltavam 3 minutos para jogar.
O resultado de tudo isto era a proximidade entre as duas formações, que passaram os derradeiros minutos da partida em constante luta e equilíbrio. Reinava a indefinição quanto ao vencedor do encontro, e, a 34 segundos do fim, o CAB ganhava por apenas 1 ponto (68-69), após um cesto convertido por Anthony Meier. O CAB, porém, tinha posse de bola, pois o seu treinador pediu imediatamente um desconto de tempo. O 'filme' repetiu-se a 12 segundos do fim, com o CAB a ganhar por um ponto e o Vitória na linha de lance livre. Os continentais falharam, e, de seguida, Fabio Lima sofre falta e converte os 2 lances a que teve direito. Respondeu o Vitoria com um triplo, empatando a partida a 73 pontos e levando o jogo para prolongamento.
Nesta fase do encontro, Ricky Franklin (27 pontos), Jobi Wall (17 pontos) e Fabio Lima (13 pontos) estavam a assumir a carga ofensiva dos Amigos. No lado do Vitoria, essa tarefa era assumida por Jose Silva (18 pontos) e Anthony Meier (19 pontos).
No prolongamento, estiveram melhores os continentais, que cometeram menos erros que o CAB e demonstraram mais 'sangue frio' na altura das decisões. No lado do CAB, houve, claramente, uma quebra física e alguma falta de discernimento. A exclusão - mais uma - por acumulação de faltas, de Jobi Wall quando faltavam jogar ainda 2 minutos no prolongamento também não ajudou, retirando ao CAB um importante lançador.
O resultado final foi de 86-78, a favor do Vitória, que segue em frente na Taça de Portugal.
Em termos individuais: Nuno Sousa, Ricky Franklin (27), Carlos Bettencourt, Jorge Freitas (5), Edson Rosario (4), FaBio Lima (13), Jorge Coelho (5), Jobi Wall (17), Frederico Tavares (3) e Aaron Anderson (4).
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