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05/01/2014
GAME DAY
CAB derrota Galitos com exibição de garra
CAB e Galitos defrontaram-se no sempre difícil ambiente do Barreiro. À entrada para a partida, as duas equipas tinham o mesmo número de pontos na tabela classificativa (13), pese embora o facto da formação continental ter mais um jogo (9) que os madeirenses (8). Antevia-se uma partida muito equilibrada, pois o Galitos é uma equipa recheada de bons talentos e muito bem orientada. Já do lado do CAB a motivação era muita e o objectivo era o de ganhar de forma a preservar a posição do clube do topo da actual classificação da LPB.
O CAB iniciou o jogo com um cinco composto por Ricky Franklin, Fabio Lima, Jobi Wall, Aaron Anderson e Jose Luis Correia. A inclusão de um madeirense formado nas escolas do CAB na equipa inicial de um jogo tão importante para os Amigos é, sem dúvida, um factor de motivação para o 'nosso' Zé, assim como uma prova de confiança que lhe está a ser dada pela equipa técnica. Estamos todos confiantes que o Zé saberá estar a altura desta responsabilidade e que continuará o bom trabalho que vem desenvolvendo, com muito orgulho nosso nele.
Mas o jogo não começou da melhor forma para o CAB, que perdeu o primeiro período por 19-17. A inferioridade dos Amigos no marcador explicava-se pelo mérito do adversário, que entrou no jogo de forma muito agressiva e determinada, mas também por demérito dos madeirenses, que estavam em nota inferior, não só no que respeita à selecção de lançamentos, mas também na luta pelos ressaltos, onde estavam a ser dominados pelos homens da casa. Do CAB, exigia-se mais e outro tipo de postura dentro de campo.
Para o segundo período, o treinador João Freitas tentou operar algumas mudanças na equipa de forma a incutir no grupo uma postura física reforçada e uma superior capacidade de luta pelos ressaltos. Para esse efeito, o técnico madeirense apostou no madeirense, formado no CAB, Nuno Baptista e em Edson Rosário, que trouxeram altura, força e explosividade à equipa.
As substituições, uma melhor coordenação defensiva e uma capacidade mais vincada de rodar a bola no ataque e de encontrar melhores opções de lançamento permitiram ao CAB um ascendente na partida. O Galitos continuou a dar resposta, mostrando que não iria abdicar da luta pelo resultado, de forma alguma. Sem surpresa, o intervalo chegou com o jogo a ser caracterizado pelo grande equilíbrio entre as duas formações, mas com o Galitos ainda na frente por 36-32.
Ao intervalo, os melhores marcadores do CAB eram Ricky Franklin (com 16 pontos) e Jobi Wall (com 9 pontos). Os melhores ressaltadores eram Aaron Ander (6) e Fabio Lima (4). Porém, destacava-se, também, a franca percentagem nos lances livres (apenas 60% de eficácia, contra 100% do adversário) e também nos lançamentos de dois pontos (44%, contra 55% do adversário) e dos três pontos (apenas 25%, contra 40% do adversário). Ao longo da primeira parte, o CAB também cometeu 6 perdas de bola sem lançamento.
No regresso dos balneários, a grande questão era se o CAB iria conseguir se encontrar, não só no ataque, onde algumas das suas grandes 'armas' continuavam muito abaixo das prestações a que nos habituaram, mas também na defesa, onde não estavam a revelar a agressividade que é típica da formação dos Amigos. Só um grande jogo pelo homens do CAB iria lhes permitir regressar a casa com uma vitória, pois, do lado dos jogadores da casa, a organização era elevada e o espírito de luta estava também muito presente.
O CAB reiniciou o jogo com o mesmo cinco com que tinha entrado na partida. Mas, se o 'cinco' foi o mesmo, a atitude da equipa estava muito diferente. O CAB defendeu melhor, correu mais, lançou melhor, foi mais eficaz nos passes e muito mais determinado dentro de campo. Por outras palavras, e com todo o respeito pelo desempenho do adversário, que é uma grande equipa, o CAB foi igual a si mesmo e soube transpor para dentro de campo o trabalho intenso e sério que a equipa realiza todos os dias da semana.
Sem surpresa, dada a qualidade de jogo que os madeirenses estavam a transpor para dentro de campo, o CAB passou para a frente do jogo, ganhando o terceiro período por uns esclarecedores 10-20 e chegando ao início do quarto período a vencer por 46-52. A lista dos marcadores continuava a ser liderada por Ricky Franklin (18), mas o base dos Amigos estava agora mais acompanhado por Jobi Wall (12), Jose Luis Correia (6), Aaron Anderson (6) e Fabio Lima (9).
Nos últimos dez minutos de jogo, o Galitos tudo vez para passar para a frente do marcador e contrariar a boa exibição que o CAB estava a fazer. os homens da casa tentaram alternar os seus ataques entre o lançamento exterior e as jogadas interiores, de forma a criar desiquilíbrios na defesa dos Amigos. No entanto, os madeirenses não tiraram o 'pé do acelerador' e continuaram a oferecer aos presentes e a todos os que seguiam a partida pela Internet um verdadeiro recital de bom basquetebol.
Na defesa, o CAB conseguiu parar os pontos fortes do adversário com uma defesa muito coesa e 'à CAB', enquanto, no ataque, Ricky Franklin continuou a coordenar com inteligência toda a manobra ofensiva dos Amigos, que contou com o contributo de qualidade de todos os jogadores, que deram, no campo, uma verdadeira lição de determinação, união, espírito de luta, e, acima de tudo, serenidade para ultrapassar as fases menos conseguidas da partida. O CAB esteve muito unido e com grande personalidade. Quando assim é, é um verdadeiro prazer vê-los jogar e um orgulho, ainda maior, em ser deste grande clube.
O marcador final foi de 68-75, favorável ao CAB.
Em termos individuais. Ricky Franklin (28), Jose Luis Correia (6), Edson Rosario (8), Fabio Lima (11), Jobi Wall (16), Aaron Anderson (6), Nuno Baptista, Frederico Tavares e Carlos Bettencourt.
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