22/12/2013
GAME DAY
CAB derrota Algés em jogo impróprio para cardíacos
CAB e Algés defrontaram-se no Funchal numa partida referente à nona jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol. Antes do jogo, as expectativas eram de um jogo muito equilibrado entre duas formações que queriam conquistar a vitória. Do lado do Algés, a recente chegada de Francisco Jordão dava à equipa de Lisboa peso e altura. Do lado do CAB, a vontade era de esquecer a derrota ante o Benfica no fim-de-semana anterior e ir de férias com o sentimento de vitória.
O jogo não começou bem para o CAB. A equipa da casa estava a cometer falhas inaceitáveis na defesa e a permitir aos visitantes um ligeiro ascendente na partida. Esta situação prolongou-se até cerca dos cinco minutos do primeiro período, altura em que os homens da casa começaram a reagir - e bem! - fruto, essencialmente, do jogo exterior.
Em boa hora os homens do CAB apareceram, não deixando mais o Algés passar para a frente do marcador. O final do primeiro período chegou com o marcador em 20-19, favorável aos madeirenses. Apesar da vantagem do CAB, o jogo continuava extremamente equilibrado.
No segundo período, o CAB acertou melhor com as marcações defensivas. Como resultado, a formação do Algés cometeu várias perdas de bola sem lançamento (ao intervalo, já registava sete) e demonstrou, também, baixas percentagens de eficácia nos lançamentos. Embora os lisboetas estivessem a conquistar mais ressaltos (12, contra 11 do CAB, ao intervalo), o tiro exterior dos Amigos (6 triplos marcador ao intervalo, contra apenas 3 do Algés) e a sua maior eficácia nos lançamentos de dois pontos davam-lhes vantagem ao intervalo por 49-39.
No regresso dos balneários, o Algés foi francamante mais forte. Aliás, toda a segunda parte foi menos conseguida pelo CAB, que acumulou sucessivas falhas defensivas e desconcentrações na execução das movimentações ofensivas. A juntar a estes factores, o Algés continuava a dominar a luta pelas tabelas, conseguindo segundas oportunidades para lançar ao cesto que soube converter em preciosos pontos.
Sem surpresa, os visitanes ganharam o terceiro período pelo esclarecedor parcial de 18-27 e chegaram ao fim do terceiro período a vencer por 67-66, uma vantagem mínima que antevia dez minutos finais de emoção e de sofrimento.
No quaro período, as falhas defensivas dos Amigos continuaram e o Algés continuou a aproveitá-las. No ataque, a dependência que o CAB exibia dos pontos de Ricky Franklin e Jobi Wall era já evidente, o que prejudicou imenso a equipa madeirense quando ambos atletas se viram excluídos da partida por acumulação de faltas. Nesta altura crítica do encontro, o Algés tinha empatado a partida e a grande questão que se colocava era como o CAB iria reagir até ao fim do jogo sem os homens que tinham construído grande parte da sua produção ofensiva.
Era preciso um herói. E o herói apareceu.
A sete segundos do fim, Edson Rosário faz uma penetração rapidíssima do lado esquerdo do campo para o centro do 'garrafão' e concluiu a jogada com um poderosíssimo afundanço por cima de toda a defesa do Algés, que ficou literalmente colada ao chão, vendo o atleta do CAB 'voar' por cima dos adversários. Uma cena digna de poster!
Os da casa passavam para a frente por 88-86 e restavam cinco segundos para jogar. Após o desconto de tempo, o Algés consegue efectuar um passe para o interior da área restritiva dos Amigos, mas eis que aparece Edson, outra vez, a servir uma 'tapa' ao experiente João Santos. Que jogada! Mais um grande momento!
O jogo acabava e a vitória era do CAB! O Pavilhão do CAB foi pequeno para tanta alegria!
De destacar, em jeito de conclusão , a imensa alma de toda a equipa do CAB. Em tantas ocasiões poderia o CAB ter quebrado animicamente e entregue a partida aos lisboetas. Porém, o que vimos foi a equipa da casa cerrar fileiras e emergir vitoriosa de um jogo muito difícil. Tudo isto revela carácter, revela sentido de missão, revela personalidade. Hoje, os nossos jogadores, foram enormes - e nós estamos cheios de orgulho de todos os nossos rapazes!
Em termos individuais: Nuno Sousa, Ricky Franklin (31), Carlos Bettencourt, José Correia (3), Edson Rosario (4), Fabio Lima (12), Jobi Wall (28), Frederico Tavares, Aaron Anderson (10) e Nuno Baptista.
|