07/12/2013
GAME DAY

Amigas escorregam frente a conimbricenses

CAB e Olivais defrontaram-se no Pavilhão do CAB numa partida referente à décima jornada da Liga Feminina. Pese a diferença classificativa actual entre as duas equipas (com desvantagem para as madeirenses), as duas formações abordaram a equipa com grande sentimento de resposabilidade, pois a vitória traria à equipa que a conquistasse preciosos pontos na tabela classificativa. 

O começo do jogo foi muito pobre para ambas as equipas. Quer do lado das da casa, quer do lado das visitantes, o ritmo de jogo foi lento e em nada dignificou a modalidade. Na defesa, as falhas sucederam-se, e, no ataque, notou-se desorganização e desacerto. Mesmo assim, o CAB esteve melhor, explorando as suas armas ofensivas, particularmente o excelente momento de forma da atleta Maria João.

O primeiro período acabou com o resultado em 23-21, favorável ao CAB.

No segundo período, o treinador João Pedro apostou num quintento de madeirenses para dar mais velocidade e coesão ao jogo. As apostas foram acertadas e correspondidas. O CAB revelou mais agressividade e mais união, especialmente no ataque, onde a Maria João continuava imparável e a 'ler' todas as páginas do seu imenso repertório ofensivo. O Olivais não sabia parar a nossa Maria, e, ao intervalo, a madeirense averbava já 23 pontos, 3 ressaltos e 2 roubos de bola. 

Por outro lado, na defesa, o CAB continuou a falhar em demasia nas marcações e a cometer faltas a mais. Prova disso era o facto de Justina Udenze cedo ter contraído três faltas, o que, a juntar à sua baixissima produtividade no ataque, confirmou  a tarde menos positiva da americana, que parecia se ter 'esquecido' que hoje era dia de jogo. A agressividade e entrega das demais jogadoras da casa estavam, por enquanto, a colmatar a falta de ajuda estrangeira.

O intervalo chegou com o marcador em 39-34, a favor das locais.

O regresso do intervalo foi muito melhor para a formação de Coimbra. Enquanto o CAB continuou sem rumo no ataque nem coesão na defesa, as visitantes souberam impor o seu estilo de jogo, alternando as opções interiores e exteriores do ataque. Além disso, no capítulo dos ressaltos, o Olivais foi sempre mais dominantes, conseguindo aproveitar várias opções de segundos lançamentos. Face a um CAB apático, o Olivais venceu o período por 15-20 e chegou ao final do terceiro período a ganhar por 49-50. 

No quarto e último período exigia-se uma reacção das Amigas. Mas, infelizmente, essa reacção nunca veio. No ataque, cometeram-se erros que não são característicos das madeirenses, e, na defesa, faltou coesão. O CAB foi uma equipa desorganizada, a falhar em demasia e a ser excessivamente permissiva. O Olivais, por outro lado, sem fazer um grande jogo, dominou os capítulos fundamentais, nomeadamente os ressaltos (46 ganhos contra 33 do CAB), aproveitamento dos três pontos (44% contra 33% do CAB) e aproveitamento dos dois pontos (48% contra 28% do CAB).

O jogo terminou com o resultado em 64-70, a favor das visitantes.

Em termos individuais: Cintia França (3), Carla Relva, Ana Jardim, Monica Luis, Marta Bravo (8), Maria João (32), Christian Shelter (7), Catarina Freitas (3), Justina Udenze (3) e Carolina Escorcio (8).