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24/11/2013
GAME DAY
Amigas derrotam Tores Novas com defesa sólida e ataque consistente
A partida de hoje frente à equipa do Torres Novas era de particular importância para as Amigas. Em causa estava a sua capacidade de reagir após o desaire do último fim-de-semana frente ao Boa Viagem dos Açores. Pela frente tinham uma equipa bem organizada e enérgica, que vinha de uma vitória no dia anterior frente ao EMAM. Estavam, portando, lançados os dados para um jogo interessante de basquetebol.
A partida não começou da melhor forma para o CAB. Apesar de apresentar argumentos superiores ao do adversário, a equipa orientada por João Pedro denotou, nos momentos iniciais, algum nervosismo e falta de uma linha condutora do jogo. Os lançamentos exteriores de Marta Bravo e a agressividade na luta pelas tabelas de Justina Udenze permitiram às Amigas, pouco a pouco, encontrar um ritmo mais tranquilo de jogo, que lhes permitiu chegar ao final do primeiro período a vencer por 26-20.
No segundo período, a equipa da casa apresentou-se muito mais agressiva no capítulo defensivo. Esta foi a grande diferença do primeiro para o segundo tempo, e, a partir da defesa, as madeirenses souberam construir jogadas de ataque mais rápidas e também mais eficazes. Nesse sentido, a equipa da casa começou a tirar partido de situações de vantagem no jogo interior e também a operacionalizar uma melhor e maior rotação de bolo. Tendo a defesa como base de tudo, o CAB ganhou mais a rédea do jogo e chegou ao intervalo a ganhar por 44-29.
No regresso dos balneários, perguntava-se se as Amigas iriam continuar a boa prestação defensiva. Na certeza de que, se a defesa funcionasse bem, o ataque surgiria com naturalidade, a defesa e a capacidade de ganhar ressaltos eram, com naturalidade, as preocupações principais dos que estavam a ‘torcer’ pelo CAB.
O terceiro período viu um CAB a provar que sabe defender e que sabe utilizar a defesa como base de um jogo estruturado. As Amigas voltaram a estar bem nas situações de pressão, e, salvo um ou outro desacerto nas trocas defensivas, o CAB soube travar a equipa adversária. No ataque, Maria João assumiu natural protagonismo, sendo muito bem secundarizada por Justina Udenze, Marta Bravo, Christian Shelter e Carolina Escórcio. A buzina chegou com o marcador em 69-41, favorável à equipa da casa.
No quarto e último período, o CAB geriu a vantagem que soube construir ao longo da partida. Sem nunca desarmar nos aspectos defensivos, as madeirenses demonstraram um jogo mais fluido e que foi bonito de se ver. Monica Luis e Ana Jardim, mais utilizadas nesta fase da partida, deram provas que podem contar com eles e ajudaram o CAB a cimentar uma justa vitória. O Torres Novas foi um justo vencido, que nunca desarmou, mesmo quando a diferença pontual foi expressiva. O resultado final foi de 88-59.
Em jeito de balanço, de referir que a equipa do CAB demonstrou estar mais unida e animicamente mais sólida. Se havia dúvidas quanto à capacidade de superação das nossas meninas, essas dúvidas foram dissipadas e podemos dizer que foi um verdadeiro prazer ver alguns sorrisos a regressar às (bonitas) caras das nossas atletas.
Destaque natural para a prestação e liderança de Maria João, que voltou a demonstrar que é a melhor jogadora portuguesa da Liga. A ‘nossa’ Maria é uma grande fonte de orgulho para todos os adeptos do CAB e sabemos que, com ela, a nossa equipa terá sempre uma liderança forte e um exemplo a seguir. Obrigado, Maria!
Uma palavra de reconhecimento à Carolina Escorcio, Marta Bravo, Cintia França, Catarina Freitas e Carla Relva por demonstrarem, dentro de campo, que os jogos são ganhos com dedicação e muito sacrifício. Que continuem o vosso excelente trabalho, pois a equipa precisa muito de vocês!
Em termos individuais: Cintia França (6 pontos), Carla Relva (3 pontos), Ana Jardim (5 pontos), Mónica Luis (2 pontos), Marta Bravo (12 pontos), Maria João (14 pontos), Christian Shelter (10 pontos), Catarina Freitas (3 assistências), Justina Udenze (26 pontos, 8 ressaltos, MVP da partida) e Carolina Escorcio (10 pontos).
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