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06/10/2013
GAME DAY
Equipa Masculina e Equipa Feminina dão sábado agridoce a adeptos do CAB
O coração dos adeptos do CAB bateu em dois sítios diferentes durante a tarde de sábado. Enquanto, em Lisboa, a Equipa Feminina defrontada a Quinta dos Lombos no primeiro jogo da Final Four da Taça Victor Hugo, no norte, em Oliveira de Azeméis, a Equipa Masculina defrontava a Oliveirense. Ambos os jogos começaram as 18h00.
Em Lisboa, as comandadas por João Pedro não tiveram uma missão fácil. Como se não fosse suficiente o facto da ligação aérea, feita no dia do jogo, ter atrasado quase duas horas, fazendo com que as Amigas tivessem de ‘correr’ para chegar a tempo ao pavilhão onde se iria jogar a partida, ambas as estrangeiras da equipa madeirense viram-se a par com problemas intestinais graves que condicionavam a sua integridade física e que viriam a afectar a sua capacidade de estar no jogo.
Mesmo assim, o CAB apresentou-se determinado, lutador e combativo. Do outro lado, estava uma equipa que jogava em casa e que se reforçou imenso durante o defeso, assegurando o concurso de Sónia Reis e Mary Andrade, duas internacionais portuguesas de referência nas suas posições. As diferenças entre as duas equipas, apesar de grandes, não só em termos de preparação, mas também em termos de recursos financeiros, não foram assim tão evidente no decorrer dos primeiros dez minutos. Pelo contrário, CAB e Lombos disputaram cada jogada com personalidade, com o marcador a assinalar 19-13 no final do primeiro período, favorável às da casa.
No segundo período, o Lombos fez valer as suas armas e conseguiu marcar mais do dobro dos pontos das Amigas. Nesta fase, a equipa madeirense evidenciou alguma fragilidade defensiva, assim como falta de entrosamento no ataque. O intervalo veio com o resultado em 34-20, a favor das continentais, números que eram justos face ao que se estava a passar dentro de campo.
As nossas meninas voltaram mal dos balneários e o terceiro período mostrou lacunas na equipa e alguma falta de concentração. A degradação da condição física das jogadoras estrangeiras também foi evidente, afundando, ainda mais, a posição do CAB no jogo. Ao fim do terceiro período, o resultado já estava em 53-32, com o Lombos a ‘disparar’ para 21 pontos de diferença.
O quarto período foi doloroso para a jovem equipa do CAB. Pouco a pouco, a fragilidade da equipa da Madeira ao nível da rotatividade, da estatura e da experiência da maioria das atletas em competições oficiais da Liga Feminina veio ao de cima. O resultado final foi de 77-49, favorável às continentais.
De certa forma, é possível dizer que, ante o Lombos, a ‘manta’ do CAB foi demasiado curta para todas as situações às quais era preciso saber dar resposta. Os muitos ‘pesos’ da insularidade (viagem, orçamento, etc, etc…) também não ajudam, mas, mesmo assim, temos orgulho nas nossas meninas e sabemos que serão capazes de aprender com a derrota e seguir em frente de cabeça erguida.
Masculinos vencedores em Oliveira de Azeméis
Em Oliveira de Azeméis, os comandados por João Freitas entraram no jogo determinados a apagar a imagem menos conseguida do dia anterior. Motivados pelas mensagens transmitidas pelo treinador no rescaldo do jogo frente à Ovarense, o CAB tomou o campo com desejo de assumir cedo o domínio da partida.
Mesmo assim, o CAB não entrou muito bem no jogo, perdendo o primeiro período por 17-14. Algumas das falhas da partida anterior persistiam, com a equipa a parecer cansada e desconcentrada. No segundo período, os homens de vermelho assumiram uma atitude muito diferente, marcando mais do dobro dos pontos que tinham marcado nos primeiros dez minutos. O intervalo chegou com o marcador a 30-44, favorável aos homens da Madeira, que tinham na pontaria de Ricky Franklin e na postura defensiva forte as suas principais armas.
No terceiro período, o equilíbrio foi a nota dominante. Apresar de ter ganho o período (12-13), o CAB revelou alguma quebra física, porventura o efeito de uma pré-época que ainda decorre e que tem sido pautada pela grande exigência. Como resultado, os Amigos foram menos autoritários nos capítulos da defesa e do ressalto, o que permitiu aos homens da casa maior liberdade nos seus movimentos ofensivos.
No quarto e derradeiro período, o CAB voltou a vencer os 10 minutos de jogo por 12-13, aumentando, ligeiramente, a vantagem que já tinha arrecadado ao longo dos primeiros 30 minutos da partida. O cansaço físico voltou a ser algo evidente nos Amigos, ainda que, no outro lado, estivesse uma equipa que, apesar de igualmente cansada, foi muito digna e lutou até ao fim – ou não fosse a Oliveirense uma das referências do basquetebol português. Contudo, é justo dizer que o CAB foi um justo vencedor e deu um passo importante na preparação da fase regular.
Em termos individuais: Ricky Franklin (17), Jorge Freitas (5), Edson Rosario (9), Fabio Lima (11), Jorge Coelho (5), Jobi Wall (11), Aaron Anderson (12), Frederico Tavares e Carlos Bettencourt.
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