05/09/2013
GAME DAY

Recém-chegada dos Açores, a nova atleta do CAB fala dos seus sonhos e do desafio de vir para a Madeira

Do alto dos seus 1.81m, Yasminne Chermiti vê o mundo de forma especial. Mas isto não tem só a ver com a sua altura. Oriunda de uma família multi-cultural, com o pai de origem tunisina e a mãe de origem guineense, a jovem de apenas 16 anos tem uma visão do mundo que é um pouco diferente das raparigas da sua idade. Tem também um coração enorme, sem medo de enfrentar desafios e de traçar metas ambiciosas, não só no âmbito escolar, mas também no basquetebol.

Foram essas capacidades que a trouxeram ao CAB, cenário impensável há dois meses atrás, quando Yasminne arrumava a sua mala para vir tomar parte no Torneio do CAB. O Clube Ana dos Açores, onde Yasminne militava, tinha sido convidado para integrar o grande evento anual dos Amigos, algo que a entusiasmava a si e às suas colegas de equipa, pois era uma oportunidade para viver realidades diferentes e enfrentar algumas das melhores equipas do país. A participação no Torneio foi um sucesso e a prova disso foi que os dirigentes do CAB lançaram a Yasminne a à sua irmã. Maryam, o desafio de vir para a Madeira fazer parte das escolas de formação do Clube e continuar a sua carreira académica.

Após várias reuniões com o CAB, os pais de Yasminne concordaram em dar asas ao ‘sonho’, e, há uma semana, Yasminne e Maryam mudaram-se para a Madeira e estão já a trabalhar sob a orientação dos treinadores do CAB. as duas irmãs também já tiveram a oportunidade de estabelecer amizades e conhecer a escola que irão frequentar, uma no 11º ano (Yasminne) e a outra no 9º ano (Maryam). Uma ‘nova’ vida está, assim, a tomar forma e o futuro é risonho para as irmãs Chermiti.

Em exclusivo para o Site Oficial do CAB, Yasminne Chermiti falou sobre a sua experiência até o momento e sobre os seus sonhos para os próximos anos. Aqui ficam registadas as suas palavras.

Qual tem sido a primeira impressão da Madeira e do Clube?

Muito positiva. A Madeira e, mais especificamente, o Clube, acolheram-nos de uma forma que eu não estava a espera, superaram as minhas expectativas, quer pela maneira carinhosa como nos receberam, quer pelo facto de se mostrarem sempre prontos a ajudar.

E os treinos? Como tem corrido a primeira semana de treinos?

Como, por enquanto, estamos integradas no projecto ‘Escola de Campeões’, os treinos não são muito intensivos, mas sim à base de técnica individual, no entanto, estamos também a fazer treinos de condição física, e, tanto uns como os outros, têm corrido muito bem.

O que é que te fez abraçar a 'aventura' de vir para a Madeira e para o CAB?

Foi uma decisão difícil. Tanto eu como a minha irmã tivemos que ponderar, juntamente com os nossos pais, todos os prós e contras antes de aceitarmos a proposta. Mas, no final, acabamos por chegar a conclusão de que, apesar de todos os sacrifícios, a possibilidade de podermos integrar um grupo de trabalho de um Clube com prestígio ao nível nacional e internacional é uma oportunidade única, para além do facto de podermos conciliar os estudos com o basquete, o que é uma mais-valia, pois assim não deixamos de fazer o que gostamos sem esquecer a escola.

Como jogadora de basquetebol, quais são os teus objectivos?

Melhorar em todos os níveis (físico, técnico, psicológico, etc), aprender com os jogadores mais experientes e aplicar todos os conselhos que os treinadores me transmitem.

E como estudante? Quais são os teus objectivos académicos?

Continuar a empenhar-me, como tenho feito desde sempre, e tirar boas notas para que, após feito o 12º ano, consiga ter uma boa média e, a partir daí, escolher o curso que mais me agradar.

Que conselho darias a uma jovem atleta que esteja agora a dar os primeiros passos na modalidade?

Treinar e treinar e treinar.

Que mensagem gostarias de deixar à FAMÍLIA CAB?

Agradeço todo o apoio e prometo dar o meu melhor para que a confiança que o CAB depositou em mim não tenha sido em vão.