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06/04/2017
GAME DAY
CAB supera Sampaense em jogo de emoções
Há já algum tempo que não se vivia um jogo de tanta emoção no Pavilhão do CAB!...
Numa partida agendada numa hora que até é incomum - 15h00 - a equipa masculina do CAB recebeu e venceu a formação do Sampaense por 87-83, numa partida deveras disputada. O jogo, que foi mais sofrido do que bem disputado, testou os nervos e as emoções dos Amigos, que tiveram de esperar quase 37 minutos, dos 40 minutos de jogo, para sorrir e... ganhar.
O CAB até entrou bem no jogo. Contudo, o Sampaense foi muito rápido a equilibrar a partida e a passar para a frente do marcador. Aliás, ao fim dos primeiros 10 minutos de jogo, os continentais lideravam por 22-29, quer por mérito próprio, mas também porque o CAB dava sinais de não estar nos seus melhores dias, que na defesa, quer no capítulo do lançamento.
No segundo tempo, os da casa reagiram melhor e até ganharam o parcial por 19-16. No entanto, no resultado acumulado, o CAB recolheu aos balneários com a desvantagem pontual de 41-45, um resultado que se aceitava, pois, na soma dos dois períodos, os visitantes tinham sido superiores.
No terceiro tempo, quando se esperava uma reacção mais assertiva dos madeirenses, foi exactamente o oposto que se passou, pois o Sampaense ganhou o parcial por 14-18 e colocou o marcador em 55-63.
Mais grave que a superioridade dos visitantes no marcador era a fragilidade que o CAB estava a demonstrar em dois aspectos fundamentais do jogo, nomeadamente na rotação defensiva e nos ressaltos. No caso das falhas defensivas, estavam a permitir ao Sampaense (que também estava a ter uma tarde inspirada nos lançamentos...) usufruir de oportunidades mais fáceis e cómodas de marcar pontos. No caso dos ressaltos, o CAB estava a permitir aos continentais segundas e terceiras oportunidades de lançamento, que estavam a ser prejudiciais para as aspirações dos Amigos.
No quarto tempo, o 'filme' dos três períodos anteriores repetiu-se: o Sampaense a ganhar muitos ressaltos, a explorar bem as lacunas defensivas do CAB e o CAB, no outro lado, a lutar muito, mas a não conseguir converter a sua determinação em pontos.
Subitamente, quando faltavam apenas cinco minutos para jogar, o CAB conseguiu começar a impor o seu ritmo, a sua vontade e o seu jogo, produzindo um efeito galvanizador que se estendeu a toda a equipa. A coesão e o espírito de luta que são tão característicos da nossa equipa fizeram-se sentir, e, cesto após cesto, ressalto após ressalto, os orientados por João Paulo Silva 'viraram a maré' a seu favor e ganharam a superioridade da partida.
Só nos ultimos 10 minutos, o CAB marcou 32 pontos, um número que expresa bem a intensidade e a enorme garra que os nossos jogadores colocaram dentro de campo. Uma vez mais - e isto foi visível a todos os que estavam no pavilhão - os 'nossos rapazes' foram um exemplo e uma prova clara de que, no Basquetebol, quem tem Alma e quem não desiste, chega onde quer chegar. Esta tarde, essa Alma e essa resiliência levaram, com mérito e justiça, o CAB à vitória - uma que ficará na nossa memória pois foi conquistada a ferros e com muita capacidade de sofrimento.
Obrigado, rapazes! Temos muito orgulho em todos vós!
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