26/03/2017
GAME DAY

CAB mostra ao país personalidade, carácter e espírito de luta

A equipa masculina do CAB mediu forças com o Benfica na final da Taça de Portugal. Os madeirenses chegaram ao jogo decisivo com todo o mérito e valor, deixando pelo caminho e o Galitos, este último adversário ultrapassado num jogo com dois prolongamentos e que revelou todas as grandes emoções do basquetebol.

Apesar da desvantagem teórica e do enorme desgaste causado pela ‘odisseia’ que fora a meia-final do dia anterior, os comandados por João Paulo silva abordaram a final com o desejo de disputar o jogo ‘olhos nos olhos’, sem sentir o peso do enorme favoritismo dado por todos ao Benfica, até pelos argumentos financeiros que a turma da Luz tem, únicos em todo o país.

Por isso, o clima dominante entre as hostes do CAB era um de espírito de grupo, de união e de sacrifício, valores que definem a equipa do CAB e que seriam as suas mais-valias num jogo de grande dificuldade, mas no qual os ‘nossos rapazes’ não deixariam de dar o seu tudo e o seu melhor, como sempre fazem, aportando grande orgulho ao clube que representam.

O jogo começou melhor para a equipa do Benfica, que venceu o primeiro tempo por 22-27. No entanto, a vantagem dos lisboetas no marcador era consideravelmente baseada na elevadíssima percentagem que estava a registar nos lançamentos de três pontos, pois, em termos genéricos de jogo, o equilíbrio era a nota dominante e, em termos de jogo colectivo, os homens da madeira estavam a ter uma prestação muito forte e muito digna, mostrando que são uma verdadeira equipa.

No segundo tempo, o CAB entrou muito mais forte, e, não só conseguiu equilibrar o jogo, fruto de uma boa postura defensiva, mas também conseguiu passar para a liderança (32-30), quando tinham decorrido cinco minutos no segundo tempo. Aliás, a vantagem dos Amigos apenas não estava a ser maior porque os seus jogadores falharam alguns lançamentos que normalmente convertem.

Após um desconto de tempo, o Benfica procurou reagir e pressionou bastante a equipa do CAB. No outro lado, a pausa no jogo fez mal aos Amigos, que, até ao intervalo, não foram tão eficazes como tinham sido até ao momento. Como resultado, o Benfica conquistou uma margem de vantagem mínima (39-40), com a qual as equipas foram para o intervalo.    

O terceiro período foi de má memória para o CAB, que viu os talentos individuais do Benfica virem ‘ao de cima’. Colectivamente, os Amigos até que estiveram fiéis a si mesmos, defendendo de forma coesa e atacando como uma unidade com grande entrosamento. No entanto, o ataque do Benfica virou-se muito para as soluções individuais, que estiveram eficazes, especialmente nos triplos, e deram aos lisboetas uma vantagem de treze pontos (53-70).

No último período, o CAB acusou em demasiado o desgaste causado pelo jogo longo do dia anterior e também por uma época que tem sido intensa e colocado imensa pressão física sobre um plantel que é limitado. No lado adversário, o Benfica continuou a aposta nas jogadas individuais, e, tirando partido do seu plantel mais extenso, conseguiu manter a distância quanto ao CAB.

No final do jogo, o marcador foi de 67-85, com os continentais a conquistarem a Taça de Portugal.

Em jeito de balanço, é imperativo e mais que justo deixar um grande agradecimento aos 'nossos rapazes' e aos treinadores que os lideram pela forma exímia como representaram o nosso clube e a Madeira nesta fase final da competição. Os jogadores do CAB foram exemplos do trabalho, do espírito de equipa, da capacidade de sofrimento e da entrega que deve existir em qualquer equipa de basquetebol. Por isso, foram exemplos de como estar no Basquetebol e uma inspiração para todos os que gostam desta modalidade.

Nós não poderíamos estar mais orgulhosos desta equipa, e, para nós, eles são e serão sempre os nossos campeões. Estamos convosco, hoje e sempre!