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25/03/2017
GAME DAY
CAB de garra, personalidade e querer marca presença no jogo de todos os jogos
A equipa masculina do CAB defrontou a formação do Galitos na meia-final da Taça de Portugal. Os Amigos conquistaram o seu lugar entre as quatro melhores equipas da competição depois de terem ultrapassado o Lusitânia. Já o Galitos teve que vencer o Terceira Basket para chegar ao encontro, que opôs, a título de curiosidade, duas equipas que, na jornada anterior da Taça, mediram forças com equipas açorianas.
O jogo começou com as duas equipas a exibirem grandes preocupações defensivas. Além disso, quer Galitos, quer CAB, demonstraram, nos primeiros dez minutos, algum desacerto com o cesto, porventura também o resultado da grande intensidade defensiva que os dois clubes estavam a por dentro de campo. Consequentemente, ao fim do primeiro tempo, o resultado apontava um empate (10-10).
No segundo período, as equipas mantiveram, na sua maioria, a postura da primeira parte, com muita atenção aos aspectos defensivos. De certa forma, é possível dizer que as equipas demonstraram que tinham estudado muito bem o seu adversário, pois o jogo não estava a permitir a nenhuma delas ‘disparar’ no marcador.
Mesmo assim, o CAB demonstrou algum ascendente, que nunca chegou a se traduzir numa vantagem muito significativa. Pelo contrário, a meio do período, o resultado era de 11-13, a favor dos Amigos, e, no intervalo, o marcador apontava 22-24, também a favor dos madeirenses.
No terceiro período, o CAB encontrou-se com o se bom jogo exterior, convertendo, em apenas cinco minutos de jogo, três triplos. No entanto, no outro lado, o Galitos também revelou maior eficácia, acompanhando os Amigos na sua maior concretização e levando a um empate (35-35) a meio do terceiro tempo.
A partir daqui, o CAB demonstrou um melhor momento e conquistou uma ligeira superioridade (39-35), quando faltavam apenas dois minutos para jogar. Notório, no lado do CAB, o papel central de Fred Gentry, não só nos aspectos defensivos, mas também (e muito) nos aspectos ofensivos, com praticamente todo o jogo dos madeirenses a passar pelo experiente jogador. Com justiça, os Amigos ganharam o parcial por 15-19 e chegaram ao fim do período por 37-43.
No último tempo, o CAB arrancou melhor, e, com quatro minutos de jogo decorridos, os Amigos lideravam por 42-49, um resultado que espelhava com justiça a melhor prestação dos madeirenses. No entanto, a partir daí, o CAB revelou-se menos constante e equilibrado, o que permitiu ao Galitos voltar ao jogo, colocando o marcador em 49-49, quando faltavam ainda três minutos e meio para jogar.
Até o final do encontro, a disputa entre as equipas foi constante, sem nenhuma a ceder no marcador. Prova disso é o facto de que, a um minuto do fim, o resultado continuava a ser um empate (53-53), com as decisões a serem reservadas para os últimos sessenta segundos. A disputa manteve-se até os últimos vinte segundos, com a bola na posse do CAB. Da linha de lance livre, Fabio Lima e Diogo Gameiro colocaram o CAB a ganhar por 55-58. Porém, na última posse de bola do jogo, depois de uma grande confusão, o Galitos conseguiu empatar o jogo e levar o jogo a prolongamento.
No tempo extra, Fred Gentry, que estava a ser a 'alma' da equipa do CAB, foi excluído com cinco faltas quando ainda faltavam dois minutos e meio para jogar e a partida estava ainda empatada (63-63). Aliás, de registar que, até aquele momento, a partida já tinha visto treze empates, um número que indica bem o equilíbrio sentido durante todo o duelo entre madeirenses e continentais.
Até ao fim, a intensidade continuou a ser a nota dominante nos dois lado, contudo o Galitos aproveitou melhor as oportunidades que teve e colocou o jogo em 67-64, com doze segundos ainda para jogar. Na resposta, um triplo de Fábio Lima forçou o décimo-quarto empate do jogo, colocou o resultado em 67-67 e levou o partida para um segundo prolongamento.
No segundo prolonamento, Fabio Lima e Stefan Djukic (que grande que foi!...) lideraram uma equipa cheia de determinação e cheia de personalidade. Aliás, a ideia que fica desta fase do encontro é que o CAB recusou firmemente a derrota e apostou tudo na passagem à final. Os nossos rapazes foram do tamanho do seu coração: ENORMES! Com mérito, com inteligência, com garra e com muito, muito querer, a equipa orientada por João Paulo Silva 'carimbou' o passaporte para a final com uma vitória justa e muito bonita por 74-79.
Nós não poderíamos estar mais orgulhosos!!!
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