19/03/2017
GAME DAY

Amigos ultrapassados em Ponte-de-Sôr pelo desgaste e pelas lesões

A equipa masculina do CAB foi a Ponte-de-Sôr defrontar o Eléctrico, a formação local. Naquele que foi o segundo jogo de uma jornada dupla (que começou na véspera com uma vitória sobre a Ovarense), os Amigos tinham pela frente uma formação que precisava de pontos de forma a evitar a despromoção.

O jogo começou melhor para a formação do CAB, que venceu o primeiro período por 19-22. Apesar de estar a registar percentagems de lançamento invulgarmente baixas, especialmente nos lançamentos de três pontos, os Amigos compensaram o ligeiro desacerto com um sentido colectivo muito forte, que permitiu a vantagem sobre os adversários ao fim dos primeiros dez minutos de jogo.

No segundo tempo, o equilíbrio foi a nota dominante e a prova disso é que, após cinco minutos jogados, o parcial era de 13-12 (32-34, no geral), fruto da grande entrega que as duas formações estavam a colocar dentro de campo. Porém, na segunda metade do segundo tempo, o CAB revelou-se mais certeiro nos lançamentos de campo, chegando ao intervalo a liderar por 42-47.

De registar, ao intervalo, uma baixa importante no lado do CAB, dado que Fred Gentry, uma das referências dos madeirenses, viu-se afastado do encontro devido a problemas nos gémeos. Sem dúvida, uma contrariedade de relevo para os orientados por João Paulo Silva, que teriam de encontrar formas de compensar a saída do veterano jogador.    

No terceiro período, o CAB entrou muito forte e com grande vontade de assumir, de vez, o domínio da partida. No entanto, esse desígnio não foi alcançado pelos Amigos, que continuavam a encontrar, no outro lado do campo, uma equipa muito aguerrida e com uma valência técnica superior à sua posição actual na tabela classificativa.

A meio do parcial, o equilíbrio continuava a ser a nota dominante (53-56), o qual se manteve até o final do período, apesar do CAB conseguir, ainda, alargar a sua vantagem pontual antes do término da meia hora de jogo para 65-70.

No quarto e último período, com os madeirenses a demonstrarem sinais claros de cansaço, o Eléctrio, muito mais fresco e com o plantel completo, aumentou a pressão, e, a meio do parcial, empatou o encontro (75-75). Nesta altura, um desconto de tempo pedido pelo treinador do CAB revelou-se fundamental para serenar a equipa madeirense e transmitir-lhe uma importantíssima mensagem de confiança.

Reconfortados pelas palavras do seu treinador e líder, os Amigos 'embalaram' para uma vantagem preciosa de seis pontos, conquistada quando restavam 'apenas' dois minutos no jogo. No entanto, a partida, imprópria para cardíacos, via o Eléctrico reduzir para dois pontos o prejuízo (81-83), com o cronómetro reduzido a trinta segundos. Depois, uma perda de bola dos Amigos, quando faltavam apenas quatro segundos de jogo, permitiu aos da casa empatar o jogo (83-83) e levou o encontro para prolongamento. 

No tempo complementar, a frescura física do Eléctrico foi decisiva, contranstando com o cansaço que era já notório nas hostes madeirenses. Os 'nossos rapazes' bem batalharam, mostrando toda a sua 'fibra', mas o cansaço levou à melhor, determinando o resultado de 93-90, a favor dos da casa.