27/10/2016
GAME DAY
Bino Bárbara fala dos desafios de treinar a Formação
O Site Oficial do CAB chegou à fala com Bino Bárbara, que tem sob a sua responsabilidade o escalão de Mini-12, tarefa que partilha com o treinador Miguel Pimenta. Ao Site dos Amigos, o treinador Bino falou sobre o arranque da época e as vicissitudes de estar integrado num projecto de Formação. Aqui deixamos registadas as suas palavras:
Como está a correr o arranque da época?
Um arranque mais tranquilo, por três motivos. Primeiro, houve a separação de género nos Mini-12, a qual retira da supervisão directa dos treinadores dos Mini-12 Masculinos uma equipa com mais de vinte jogadoras. Segundo, porque estamos a trabalhar com um grupo que estava estabelecido e que já conhecemos. Terceiro, porque dividimos o escalão em níveis de proficiência, o que faz com que seja mais fácil para trabalhar conteúdos e enquadrar novos jogadores.
Como treinador, que mensagem tentas transmitir aos atletas à tua responsabilidade?
Em primeiro lugar, procuramos transmitir qualidades pessoais, havendo regras para todos e, que de igual forma têm de as cumprir. Já ao nível da competição, há duas mensagens. Por um lado, prende-se com o ser competitivos e competentes. Só podemos aceitar a derrota se a outra equipa for realmente melhor que a nossa. Não podemos aceitar perder porque fomos incompetentes. A outra mensagem é a de respeito para com os árbitros e para com a equipa adversária, pois o jogo só faz sentido com a outra equipa, pois precisamos deles para competir e sozinhos não valemos nada.
É importante que os Encarregados de Educação se envolvam no processo de Formação?
É fulcral! Necessitamos do seu empenho na equipa para conseguirmos mais responsabilidade e empenho. Responsabilizar e exigir o máximo dos jogadores só acontece se os encarregados de educação e treinadores puxarem para o mesmo lado.
Qual é o grande objectivo para esta época?
Em primeiro, que os jogadores gostem de basquetebol e que cada dia queiram voltar ao pavilhão. Depois, procuramos desenvolver as capacidades e trabalhar os conteúdos que planeamos para o escalão de Mini-12, para que possam ter sucesso no futuro. Por fim existe a competição, que gostaríamos de ganhar, mas, neste escalão, olhamos mais ao desenvolvimento do jovem do que ao resultado, o qual deve ser uma consequência e não um fim.
Como é que se concilia a missão de Formar crianças no basquetebol e o natural desejo de vencer as competições em que se participa?
São coisas distintas. No treino e na competição, procuramos sempre que os nossos jogadores cumpram as regras e respeitem os colegas, adversários e juízes. As atitudes e valores estão sempre presentes!
Sobre o resultado do jogo, foi o que disse em cima. Há a vontade de vencer, mas, neste escalão, não trabalhamos para preparar o jogo do fim-de-semana com este ou aquele adversário. O trabalho é contínuo e sabemos o que queremos desenvolver. Isto é, não queremos ganhar em Mini-12 a todo o custo, comprometendo o futuro de cada jogador.
O vencer é consequência do trabalho e do desenvolvimento dos jogadores. Dizemos sempre às nossas crianças e encarregados de educação que o trabalho realizado no treino deve ser posto em prática no jogo, e, se falharmos porque fomos incompetentes, vamos responsabilizá-los. Se perdemos porque os outros foram naturalmente melhores, vamos trabalhar para os apanhar.
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