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05/03/2016
GAME DAY
CAB perde com Olivais nas meias da Taça de Portugal
A Equipa Feminina do CAB defrontou a formação do Olivais numa partida referente à meia-final da Taça de Portugal. O Olivais, formação da casa, abordou o jogo com grande ambição de chegar à final. Do outro lado, o CAB sabia que tinha os seus argumentos e também entrou no jogo com grande vontade de marcar lugar na final do troféu.
No primeiro período, ambas as equipas tentaram impor um ritmo forte à partida. Com meio período decorrido, a vantagem era do Olivais por 11-6, um resultado que punia a fragilidade defensiva e o desacerto que as Amigas estavam a demonstrar no capítulo do lançamento, com apenas 27% de concretização (3/11), contra 57% do Olivais (4/7).
Até o final do primeiro tempo, o CAB tentou algumas alterações ao ‘cinco’ que estava dentro de campo, mas as madeirenses não estavam a conseguir reagir, nem no ataque, nem na defesa. Consequentemente, chegaram ao fim dos 10 minutos iniciais com um prejuízo de 26-14.
No segundo tempo, a defesa das Amigas continuou muito passiva. Se é verdade que as jogadoras do Olivais estavam a ter uma tarde francamente inspirada (com percentagens de concretização a rondar os 70%!), não é menos verdade que as madeirenses não estavam a fazer um bom trabalho a incomodá-las. Já no ataque, o CAB não estava a desenvolver um fio de jogo coerente continuava a falhar em demasia e a fazer uma gestão pouco cuidadosa da bola.
Sem surpresa, ao intervalo, o Olivais dominava todos os aspectos do jogo e o CAB expressava uma preocupante incapacidade em jogar aquilo que sabe e que é capaz. Por isso, o resultado de 48-27, a favor do Olivais, quando as equipas recolheram aos balneários era justo.
No terceiro tempo, o CAB precisava de partir ao encontro de jogo e demonstrar frescura e agressividade. O que aconteceu foi exactamente o oposto. As locais continuaram a ter a iniciativa de jogo, que foi recompensada pela defesa muito porosa das Amigas e pelos ataques desorganizados. A meio do período, o Olivais continuava a liderar pela margem folgada de 21 pontos (54-33) e não dava sinais de diminuir a sua pressão sobre o CAB.
Até ao final do terceiro tempo, o CAB começou a evidenciar desgaste físico e a perder preponderância num aspecto do jogo no qual se tinha vindo a ‘aguentar’, nomeadamente o capítulo do ressalto. O Olivais conseguiu começar a marcar uma presença mais forte debaixo da tabela à guarda das madeirenses, e, como resultado ganhou segundas e terceiras oportunidades de lançamento. No ataque, a produção das Amigas continuava demasiadamente baixa e as perdas de bola eram constantes. Por isso, ao fim de meia hora de jogo, o resultado de 68-42, a favor do Olivais, era justificado.
No último período, as Amigas esboçaram algum dinamismo, que levou a um parcial de 0-7 nos primeiros dois minutos do tempo. Porém, a vontade do CAB ‘esbarrou’ sempre na grande segurança com que o Olivais se tinha instalado no jogo. Com o passar dos minutos, o Olivais limitou-se a gerir a ampla vantagem que tinha conquistado e o CAB continuou a evidenciar falta de capacidade de resposta ofensiva e falhas defensivas fatais, que impediram qualquer tipo de recuperação.
No fim do jogo, o Olivais foi um justo vencedor (78-52) por tudo o que fez em campo e, acima de tudo, pela forma agressiva, intensa e inteligente com que abordou a partida. Já no lado do CAB, é imperativa uma reflexão muito séria sobre o que falta da época e sobre as responsabilidades de trabalho e entrega que recaem sobre todo o grupo de trabalho.
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