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21/02/2016
GAME DAY
Quarto período de sofrimento deitou por terra as aspirações madeirenses
A equipa masculina do CAB defrontou, fora de portas, a equipa do Barcelos. O jogo era o segundo de uma jornada dupla que começou no dia anterior, quando o CAB mediu forças com o Porto num jogo que, apesar da derrota dos madeirenses, foi muito disputado, com os Amigos a demonstrarem grande ambição e qualidade de jogo.
Em Barcelos, o jogo começou melhor para a equipa do CAB, que, com 4 minutos de jogo, liderava o mercador por 2-11. Os da casa responderam com um parcial de 10-0, e, com 6 minutos decorridos no primeiro tempo, tinham passado para a liderança por 12-11 e anulado a melhor entrada dos madeirenses.
Seguiu-se um desconto de tempo pedido pelo CAB. O mesmo permitiu aos madeirenses estancar a toada ofensiva a ser produzida pelos homens da casa, no entanto não evitou que o primeiro tempo acabasse com o Barcelos a liderar pela vantagem mínima (18-17).
No segundo tempo, o CAB tentou cedo voltar a assumir o domínio do jogo. No entanto, a vontade dos Amigos estava a esbarrar nos baixos níveis de concretização que os madeirenses estavam a ter no capítulo do lançamento (apenas 39% na primeira parte do encontro, contra 50% dos da casa). Mesmo assim, o CAB não desarmava e, a meio do período, estava à frente do marcado por 23-25.
Até ao intervalo, o equilíbrio foi a nota dominante no marcador. O CAB continuou a apresentar-se muito activo e com um bom sentido colectivo, confirmando, assim, as indicações positivas que já tinha revelado no jogo do dia anterior. Mas, no outro lado do campo, a formação do Barcelos não desarmava e fazia valer os seus argumentos defensivos e ofensivos.
Com 15 segundos para jogar, um triplo do Barcelos deu a vantagem aos da casa por 34-33, contudo ainda houve tempo para uma ‘bomba’ de Fábio Lima ao soar do apito, que deu a vantagem ao CAB por 34-36 e sentenciou o resultado com que as equipas foram para os balneários.
No regresso ao jogo, o CAB apresentou muita vontade de proteger a sua vantagem e reforçar o seu ascendente sobre os da casa. Porém, os Amigos continuavam a falhar mais do que queriam nos lançamentos efectuados, factor bem aproveitado pelo Barcelos continuar na corrida.
A meio do terceiro tempo, um parcial de 5-0 pelos da casa deu-lhes a vantagem por 44-41, que forçou o banco madeirense a pedir um desconto de tempo. A resposta madeirense tardou em surgir, e, dois minutos depois, a vantagem dos nortenhos tinha subido para os 5 pontos (50-45), factor que premiava a sua maior precisão na hora de lançar ao cesto (50% de concretização no final do terceiro período, contra 48% do CAB).
Nos segundos 5 minutos do terceiro tempo, o CAB conseguiu tapar com maior eficácia os caminhos para o cesto à sua guarda e beneficiou de várias acções inspiradas do poste George Blakeney, que se mostrou mais activo nas tarefas ofensivas e pôs o CAB na frente por 50-52 quando faltavam apenas 2 minutos para o final do período. A resposta do Barcelos foi contra-balançada com cestos de Fábio Lima e DeAndre Mays, levando o marcador para 55-59 no final do terceiro período.
Os últimos 10 minutos de jogo começaram com o Barcelos a procurar no lançamento de 3 pontos a arma para anular a competitividade do CAB. Foi essencialmente graças a isso que, com 4 minutos decorridos, os da casa tinham dado a volta ao marcador e conquistado uma liderança de 65-63, a qual levou a novo desconto de tempo do CAB.
Depois da interrupção, o Barcelos não abradou e a resposta do CAB não surgiu na força desejada. Aliás, os da casa continuaram a atacar com eficácia o cesto adversário, enquanto o CAB, menos eficaz defensivamente, viu o marcador ‘disparar’ para 75-69, quando faltavam apenas 3 minutos para jogar.
Até o final do jogo, o CAB tudo fez para cortar o ascendente dos da casa, mas a equipa madeirense pagou pelas facilidades concedidas na defesa, ao invés do que tinha acontecido no terceiro tempo. Também teve mérito o Barcelos, que, só no último tempo, conseguiu anotar 31 pontos, mais do dobro daqueles anotados pelo CAB (15), ao invés do que tinha acontecido nos 3 períodos anteriores, marcados por grande equilíbrio e até alguma superioridade madeirenses (18-17, 16-19 e 21-23).
O jogo acabou com a vitória do Barcelos por 86-74, um resultado que se aceita apenas pelo ascendente que os da casa revelaram no último tempo. O CAB voltou a demonstrar grande espírito de luta e a deixar sinais positivos. Por isso, resta à equipa da Madeira continuar a crescer e a transformar esse ascendente em vitórias, já na fase da competição que se inicia no próximo fim de semana.
Em termos individuais: DeAndre Mays (8), Fábio Lima (17), George Blakeney (11), Diogo Ventura (2), Stefan Popovski (17), Jovonni Shuler (9), Bruno Cavalcante (10).
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