13/02/2016
GAME DAY

CAB vence Boa Viagem e marca encontro com GDESSA na final da Taça Federação

A equipa feminina do CAB defrontou o Boa Viagem na meia-final da Taça Federação. O jogo teve lugar logo a seguir à outra meia-final, pelo que as duas equipas entraram em campo já sabendo que um dos finalistas apurados era o GDESSA, justamente a equipa da casa. Madeirenses e açorianas iam decidir, entre si, qual a equipa que marcaria presença na grande final de domingo, num jogo em que toda a pressão recaía sobre a equipa do CAB.

A partida começou com um CAB um pouco hesitante, porém as Amigas rapidamente ultrapassaram essa fase e, a meio do primeiro tempo, venciam por 5-13. Seguiu-se um desconto de tempo das açorianas para tentar inverter o rumo dos eventos, porém a interrupção não surtiu os resultados desejados pelo Boa Viagem, pois o CAB chegou ao fim do primeiro tempo na frente do marcador por 14-23.  

No segundo período, o Boa Viagem entrou desinibido e determinado a inverter o rumo dos acontecimentos. Com 5 minutos de jogo, as açorianas tinham aproveitado com mérito a dificuldade que o CAB estava a revelar na marcação de pontos e, realizando um parcial de 9-6, reduziram a desvantagem pontual para 23-29.

Seguiu-se a vez do treinador João Pedro, insatisfeito com o que estava a ver, pedir um desconto de tempo, o qual teve um efeito positivo na equipa pois levou a alguma mudança de atitude no lado madeirense. Mais assertivas, as Amigas conseguiram ganhar o parcial por 17-21 e chegaram ao intervalo a vencer por 31-44.

Nesta fase do encontro, era notório que o CAB estava a registar maior índices de concretização que as adversárias (70% de eficácia nos lançamentos contra 38% do Boa Viagem), assim como um domínio mais significativo dos ressaltos (18 ganhos contra 7 das açorianas). No entanto, o CAB também já acusava 11 perdas de bola, as quais tinham permitido ao Boa Viagem realizar 8 roubos (contra apenas 6 das Amigas), aspectos preocupantes que os treinadores do CAB certamente iam rever ao intervalo de forma a aumentar a agressividade e a tranquilidade das Amigas.

No regresso dos balneários, o equilíbrio foi a nota dominante entre as duas equipas. Esse equilíbrio deu motivação ao Boa Viagem, que acreditou que conseguiria virar o jogo a seu favor. No entanto, o CAB voltou a assumir as rédeas do encontro, e, seguindo o se fio de jogo, realizou um parcial de 0-11 que colocou o marcador em 37-59, quando faltavam 5 minutos para jogar no terceiro tempo.

Nos minutos que se seguiram, a superioridade do CAB (finalmente!) veio ao de cima, com as Amigas a marcarem pontos de várias zonas do campo e a cerrarem fileiras na defesa. O resultado foi o disparar do CAB para uma vantagem de 30 pontos no marcador, que acusava 39-69 no final do terceiro período, favorável às madeirenses.  

No último tempo, o CAB fez uma gestão da vantagem conquistada, mas sem nunca abrandar na intensidade com que executava o seu plano ofensivo e defensivo. Valendo-se sempre da sua união e do ser valor colectivo, as Amigas continuaram a dominar o jogo e venceram a partida por 46-83.   

Uma última nota de elogio à forma cuidada como o CAB preparou o jogo e soube implementar um plano defensivo que limitou as principais referências das adversárias. De realçar, também, a forma inteligente como a equipa soube, em conunto, ultrapassar períodos menos conseguidos de eficácia ofensiva, insistindo nos seus modelos de ataque, com os quais a equipa está bem familiarizada e os quais acabaram por resultar numa marcação significativa de pontos.         

Em termos individuais: Joana Lopes (8), Aleighsa Welch (15), Marta Bravo (2), Ejay Ofomata (13), Carolina Escórcio (6), Rosinha Rosário (12), Britany Miller (17), Leonor Nunes (2), Cíntia França (6), Ana Cunha (2).