25/10/2015
GAME DAY

Amigas de garra ultrapassam Sportiva e conquistam vitória saborosa

A equipa feminina do CAB defrontou a formação do Sportiva no segundo jogo de uma jornada dupla que tinha começado no dia anterior, frente ao Boa Viagem. A equipa do CAB tinha pela frente um adversário difícil, mas também lutava contra cansaço acumulado e a fadiga e desgaste que são naturais das viagens aéreas efectuadas.

O jogo começou com grande equilíbrio entre as duas formações. Ao começo melhor das Amigas, o Sportiva respondeu a tempo e equilibrou os acontecimentos. O primeiro período acabou com 17-17, um resultado adequado, ainda que a superioridade dos primeiros dez minutos tivesse sido, sem dúvida, das madeirenses.  

No segundo tempo, o CAB perdeu grande parte do discernimento que tinha demonstrado no período inaugural. As Amigas não só cometeram perdas de bola difíceis de explicar, como também, na defesa, cometeram muitas faltas, que foram implacavelmente assinaladas pela equipa de arbitragem e consequentemente aproveitadas pelo Sportiva. Da linha de lance livre as locais marcavam os pontos que não conseguiam em jogo corrido e tiravam partido das faltas assinaladas às visitantes, que também deveriam ter estado melhor e com outra presença.

Ao intervalo, o marcador era 36-35, a favor das jogadoras da casa. O CAB estava melhor nos lançamentos (52% contra 44% do Sportiva) e no trabalho colectivo, mas o grande número de faltas que lhe eram assinaladas (10 ao intervalo), com especial incidência sobre a base Joana Lopes, peça importante do jogo madeirense, estavam a condicionar, e muito, a sua capacidade de jogar no difícil terreno do Sportiva.

No regresso dos balneários, o CAB entrou com muita determinação, e, sem Joana Lopes, que estava a ter um papel fundamental na condução do jogo, mas com Cintia França a mostrar que está em crescendo de forma, as madeirenses uniram-se ainda mais e venceram o período por 15-19. Pondo em prática um basquetebol inteligente e eficaz, as Amigas superaram as muitas adversidades com que estavam a ser confrontadas e superiorizaram-se, claramente, à equipa da casa. Quer na luta pelas tabelas, quer na prestação defensiva, o CAB foi superior ao Sportiva, porém estava claro que as açorianas não iriam desistir.

À entrada do ultimo tempo, com o marcador em 51-54, o CAB sabia que apenas uma postura muito pragmática e fria poderia trazer-lhes a vitória. Acima de tudo, as Amigas não poderiam deixar se envolver na forma de jogar das adversárias e manter a sua postura e a sua personalidade, independentemente do que se estivesse a passar dentro das quatro linhas e fora delas.  

Por isso, nos últimos dez minutos, o CAB virou-se para os seus pontos fortes, nomeadamente a agressividade nos ressaltos, a defesa pressionante e a alternância entre o jogo interior e o jogo exterior. O plano resultou e, com a classe de quem começa a escrever um novo capítulo na história da presente época, as Amigas não se deixaram intimidar e sairam por cima das pressões, das lutas e dos embates, ganhando o jogo por 67-74.

Sem dúvida, a vitória do CAB foi uma vitória do colectivo, como é facilmente demonstrado pelas muitas jogadoras que contribuiram com pontos e ressaltos para a vitória final. O CAB foi um bloco coeso, e, embora seja claro que ainda há muito trabalho pela frente, não é irrrealista dizer que 'este' CAB tem boa margem para progredir e motivos para olhar o futuro com confiança. 

Em termos individuais: Joana Lopes (12), Ejay Ofomata (14), Aleighsa Welch (11), Sara Barreira (2), Leonor Nunes (5), Carolina Escórcio (8) e Britany Miller (22).