20/08/2015
GAME DAY
Treinador João Paulo Silva encara a nova época com grande motivação
A equipa masculina do CAB está a menos de um mês de regressar aos trabalhos. Com um plantel renovado, quer com jogadores madeirenses, quer com jogadores de fora da Região, a equipa liderada por João Paulo Silva (‘Juca’) olha para a nova época com confiança e sentido de responsabilidade.
O Site Oficial do CAB chegou à fala com o treinador dos Amigos e pediu-lhe que partilhasse connosco algumas perpectivas sobre o ano desportivo que se aproxima. Aqui deixamos registadas as suas palavras:
Para quando está previsto o arranque dos treinos?
A data oficial para iniciarmos os treinos é o dia 14 de Setembro. Essa é a data onde vão estar presentes todos os elementos do plantel. No entanto, vamos começar a trabalhar com os atletas da Madeira no dia 7 de setembro. Este é um processo que visa facilitar o enquadramento dos jovens atletas no trabalho que vamos desenvolver na equipa profissional.
Tem falado com os jogadores? Eles estão motivados para a época que se aproxima?
Tenho mantido um contacto permanente com os jogadores que vão fazer parte do plantel. Com alguns já tive a oportunidade de orientar algum trabalho técnico no período de férias. Através do contacto que fiz com os jogadores estrangeiros, percebi que existia uma grande motivação em representar o CAB e jogar na Liga Portuguesa. Outro dos aspetos fundamental é a ligação que tenho mantido com o Jorge Coelho, enquanto capitão da equipa e com o intuído de seguir a recuperação da lesão que contraiu na época anterior.
Esta fase inicial da época é sempre caracterizada por uma grande motivação e entrega por parte de todos os jogadores. Vamos saber agarrar essa oportunidade para sustentar a construção de uma equipa forte coletivamente.
A edição deste ano da Liga Masculina será mais ou menos competitiva que a do ano passado?
Um dos aspetos negativos foi a desistência de uma equipa, diminuindo assim o número de 12 para 11 equipas que vão participar nesta Liga. No entanto, estou convencido que a participação do Porto será uma mais-valia para o nível competitivo do campeonato. Todos sabemos que um clube como o Porto quando participa em qualquer competição tem sempre como objetivo vencer. Pelas contratações que tem anunciado, juntamente com o corpo técnico que possui, cremos que vai elevar o nível desta Liga. Outro aspeto que provavelmente irá aumentar o nível da competição é o maior número de jogos que serão realizados. A forma competitiva permitirá que todas as equipas possam lutar pela entrada nos playoffs até um período muito avançado da competição.
Reconheço que têm sido feitas algumas adaptações que notam haver uma preocupação em aumentar o nível deste campeonato.
Foi difícil construir a equipa dentro dos condicionalismos financeiros que o clube tem de seguir?
As equipas dependem muito do valor dos estrangeiros. Nesse aspeto, apenas um deles já jogou em Portugal e será nossa convicção que a sua adaptação seja feita de forma natural. Os outros vêm pela primeira vez e, em função da comprovação do seu valor, podemos ser uma equipa bem estruturada e muito competitiva.
Outro dos aspetos muito positivo na construção da equipa foi termos garantido a continuidade de muitos dos jogadores da época anterior. Paralelamente conseguimos o regresso do Fábio Lima. Sendo assim, dentro dos condicionalismos financeiros, construímos uma equipa equilibrada que certamente terá um bom comportamento nas competições onde estamos envolvidos.
Se é verdade que os condicionalismos financeiros não permitem aumentar significativamente as soluções do plantel. Não é menos verdade que, com estes recursos, temos um desafio motivante de construir uma boa equipa. É minha convicção que vamos conseguir.
O plantel do CAB inclui oito jogadores madeirenses. Refuta-se a ideia de que o jogador madeirense não é competitivo?
Além de serem competitivos, os jogadores madeirenses têm a responsabilidade de alimentar a identidade do clube. Eles traduzem a razão de existir da nossa formação e, apoiados num acompanhamento permanente por parte dos seus treinadores, podem sustentar o desempenho de funções que são muito úteis na construção duma equipa. A forma como o jogador madeirense encara a competição está sempre diretamente relacionada com a qualidade de intervenção dos seus treinadores. Ser mais ou menos competitivo advém da forma de trabalhar e não em função do simples facto de seres de uma ou outra região.
Continuo a pensar que um dos maiores orgulhos de um treinador é participar num processo de formação desportiva de um jogador. Sentir que, de alguma forma, contribuiu para aumentar as suas capacidades competitivas. O facto de ser madeirense não se coloca como obstáculo a que esse percurso seja bem sucedido.
Até onde pode ir o CAB no novo quadro competitivo?
Não existem limitações por antecipação. O CAB será uma equipa muito competitiva e irá encarar todas as competições com o máximo de seriedade. Isto significa que em todos os momentos vão compreender que esta equipa do CAB vai lutar pela vitória, pela participação nos momentos altos. Queremos conquistar um espaço que nos permita realizar essa vontade de vencermos um título. Não temos receio de assumir essa pretensão nem admitiremos que outros definam os nossos objetivos. O caminho que vamos percorrer será sempre da nossa responsabilidade.
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