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NOTÍCIAS
 

01/06/2015
GAME DAY

João Paulo Silva reflecte sobre a época finda e projecta desafios para o novo ano desportivo

A época que acabou assinalou o regresso a ‘casa’ de João Paulo Silva, treinador da Equipa Sénior Masculina, que é também uma referência da história do clube, quer pelo seu contributo como jogador, quer pela sua carreira treinador. Tendo conquistado tudo o que havia para conquistar como técnico da Equipa Feminina, João Paulo Silva procura, agora, deixar uma marca positiva no sector masculino dos Amigos do Basquete.  
 
O Site Oficial do CAB chegou à fala com o líder do plantel masculino e, em jeito de balanço, fez, com o treinador, uma reflexão sobre a forma como a época correu e sobre os desafios que aguardam a equipa em 2015-2016. Aqui deixamos o registo dessa conversa.  
 
Que balanço faz da época passada?

Numa forma resumida diria que estivemos dentro do intervalo das nossas expetativas. Afirmamos que a nossa intenção seria participar nos pontos altos da época. Estivemos presentes na final a oito da Taça de Portugal e garantimos a presença nos playoffs. Foi uma época com algumas oscilações fruto, entre outros aspetos, da infelicidade de alguns atletas que contraíram lesões que impediram dar o seu contributo de forma regular. 
 
No entanto, acabamos a época com a sensação clara de que poderíamos caminhar um pouco mais. Quem teve a oportunidade de ver a nossa prestação nos palyoffs fica, por um lado agradado com o nível competitivo dos cinco jogos realizados e, por outro, com a sensação de que era possível passar à fase seguinte. 
 
Naturalmente que quero valorizar a nossa atitude competitiva embora, seja racional admitir que, em alguns momentos, não soubemos decidir pela solução mais adequada. 
 
Outro aspeto que determinamos como elemento de consolidação, paralelo à competição, foi a gradual integração de jovens atletas. Este é um trabalho que nunca podemos considerar finalizado pois, devemos assumir continuadamente esse compromisso. Alguns desses jovens aumentaram substancialmente a sua participação competitiva e outros estão sendo integrados no ambiente de trabalho com vista à sua inclusão.
 
Resumidamente, entendo que conseguimos afirmar a nossa intenção de exigência competitiva permanente e, por outro lado, insistirmos no desenvolvimento adequado dos jovens atletas para assim garantirmos a sustentabilidade do CAB na Liga.   
 
Qual foi, na sua opinião, o melhor momento de 2014-2015?

O melhor momento competitivo da equipa foi claramente a participação no playoff. Afirmamos a nossa ambição, a capacidade de competirmos a um nível elevado independentemente do adversário. Este foi o momento onde conseguimos contar com a participação de todos, ao contrário do que aconteceu na fase regular. Ficamos a um pequeno passo de avançarmos para a fase seguinte. 
 
Gostaria ainda de valorizar a capacidade que cada um demonstrou para juntos ultrapassarmos as lesões que foram surgindo no decurso da época. Se assim não fosse, seria muito difícil garantirmos a participação nos playoffs.   
E o momento menos conseguido?
 
Tínhamos expetativas mais ambiciosas relativamente à nossa participação na final a oito da Taça de Portugal. Fruto de algumas lesões em jogadores determinantes, não conseguimos, nesse momento, compensar a sua limitação. Fica esse sentimento de descontentamento. Evidentemente que todas as lesões que infelizmente aconteceram, são motivos menos positivos, individual e coletivamente.
 
Se pudesse mudar alguma coisa da época, o que seria?

Na competição devemos procurar a objetividade, embora esse estado de funcionamento por vezes é muito difícil de atingir. A continuidade no projeto permite-nos precisamente essa correção racional, assente numa reflexão sobre o que foi feito. Esse é um cenário que não se coloca de forma real e por isso não quero arriscar uma resposta virtual. As alterações foram acontecendo ao longo da época. Adaptações forçadas, outras com carater obrigatório e outras em função do rendimento coletivo e individual. Essa resposta provavelmente será percetível no decurso da próxima época. Estejam atentos.
 
Que lições ficam para a próxima época?

A convicção reforçada que devemos ambicionar resultados sempre assente na determinação com que efetuamos o nosso trabalho. Não garantimos resultados desportivos, mas devemos sempre procurar efetuar um trabalho rigoroso que nos permita lá chegar.
 
A maior exigência advém da capacidade para sustentar as diferenças comportamentais. Em nenhuma circunstância devemos elevar as conveniências individuais em detrimento do envolvimento coletivo. Esta será a ideia base na próxima época.
 
É demasiado cedo para falar de objetivos para 2015-2016?

Sim. Os objetivos serão sempre adequados à forma como decorrer o processo de recrutamento de jogadores. Tenho algumas ideias ambiciosas sobre aquilo que pretendo ver implementado na próxima época. Estamos num processo de ajustamento entre essas ideias, as intenções da administração do clube e o facto objetivo de cumprir com o rigor orçamental. 
 
Como já referi, independentemente da constituição da equipa, vamos trabalhar para nos apresentarmos com um nível competitivo elevado. Só assim confirmamos a imagem de destaque que o CAB conquistou na Liga.
 
Quais serão os principais desafios no novo ano desportivo?

O primeiro dos desafios, não sendo propriamente um novo desafio, prende-se com as exigências inerentes ao processo de recrutamento de jogadores. Neste sentido, desejamos assegurar um equilíbrio entre três forças fundamentais neste processo: a qualidade técnica dos jogadores, a quantidade necessária de atletas de acordo com as exigências de uma época longa com várias exigências e, tão ou mais importante que as duas primeiras, a capacidade de todos os elementos servirem racionalmente os objetivos coletivos determinados para o sucesso da equipa.
 
Os restantes desafios serão confirmados através da definição dos nossos objetivos. A maior exigência no rendimento, nomeadamente na obtenção de eventuais títulos, será de acordo com aquilo que conseguirmos assegurar na construção da equipa.
 
Gostaria de deixar bem claro a todos os prováveis interessados que, qualquer compromisso assumido pela equipa do CAB será determinado internamente. Nunca nos iremos coordenar em função das episódicas conveniências ou supostas opiniões de terceiros. 
 
Será um Verão muito ativo para o CAB em termos de contratações?

Diria que já estamos muito ativos e ainda é primavera. Esta é uma época fundamental para a construção da equipa. Naturalmente que existem movimentações que devem manter-se confidenciais até que sejam firmados os respetivos acordos. O envolvimento da equipa técnica com os administradores do clube é permanente e isso, por si só, faz com que tudo seja equacionado para o futuro mesmo antes de terminar a etapa anterior.
 
Que mensagem gostaria de deixar à FAMÍLIA CAB?

Além do natural pedido de apoio, essa parte deve ser feita de forma voluntária e orgulhosa, gostaria de realçar o facto de esse apoio influenciar o comportamento da equipa ao longo do ano. O reconhecimento do nosso trabalho é feito sobretudo pelos nossos adeptos, através da forma ativa que manifestam a sua simpatia pela equipa. Os jogadores certamente irão retribuir esse apoio, procurando gradualmente um maior empenhamento e motivação nas suas tarefas.
 
Procuramos satisfazer e assegurar um dos motivos de orgulho da família CAB: envolver e enquadrar dentro do possível os nossos atletas da formação. Existem razões concretas para trabalharmos nesse sentido. 

GAME DAY

Continuar...


 

 

 

 
 
 
 
 
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