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04/04/2015
GAME DAY
Amigas sobrevivem a susto em Coimbra
A equipa masculina deslocou-se a São Paio de Gramaços para defrontar a equipa local. O jogo era de grande importância para o CAB, envolvido na luta pelos primeiros quatro lugares da tabela classificativa, que conferem ‘vantagem casa’ nos jogos dos ‘playoff’.
O primeiro período começou de forma equilibrada, com nenhuma das duas equipas a dar sinais de ceder. No entanto, o tiro exterior dos locais, em contraste com a menor concretização dos madeirenses, permitiu ao Sampaense conquistar uma ligeira vantagem no marcador.
O CAB reagiu, no entanto a acção dos Amigos continuou a ser limitada pelas suas próprias desconcentrações e falhas defensivas. Como consequência, o Sampaense ainda aumentou a vantagem conquistada e chegou ao final dos primeiros dez minutos a ganhar por 35-25.
No segundo tempo, a defesa do CAB começou por evidenciar as mesmas fragilidades com que tinha concluído o primeiro tempo, a contrastar com o bom entendimento colectivo que os Amigos revelavam no lado do ataque. Pouco tempo decorrido nos segundos dez minutos de jogo, o CAB tentou mudar a postura defensiva, com o Sampaense a sentir maiores dificuldades em levar à sua avante.
No ataque, apesar da fraca prestação nos capítulos dos lances livres e do lançamento triplo, o CAB começou a crescer, e, pouco a pouco, ‘ganhou terreno’ à formação da casa. Aliás, os Amigos conseguiram, efectivamente, ganhar o segundo período por 10-17, mas chegaram ao intervalo com o marcador ainda em 45-42, ainda a favor da equipa da casa. Porém, tudo era possível na segunda parte do encontro.
No terceiro período, o Sampaense entrou melhor, ‘brindando’ os Amigos com seis pontos sem resposta. O CAB esboçou uma reacção, mas, no meio campo defensivo, continuou a evidenciar algumas falhas nas rotações que foram habilmente exploradas pelos homens da casa para manter a sua vantagem no marcador. Com cinco minutos corridos, o marcador assinalava 60-57, números que espelhavam bem a determinação do CAB em não deixar os homens da casa fugir. Contudo, nos minutos seguintes, os Amigos, começaram a revelar algum desgaste e permitiram aos locais assumir um domínio que não tinham tido e chegar ao final do terceiro tempo na frente por 74-65.
No último tempo, o CAB demonstrou muita vontade e ganhar o jogo e muita entrega às tarefas ofensivas e defensivas. Ainda que, em momentos, os Amigos parecessem estar a jogar mais com o ‘coração’ do que com a ‘cabeça’, sensação espelhada em algumas precipitações que o CAB revelou no ataque, os comandados por João Paulo Silva estavam a deixar tudo o que tinham dentro de campo.
O Sampaense, fazendo uso da sua maior rotação, manteve o CAB à distância, e, com cerca de dois minutos para jogar, mantinha uma vantagem de nove pontos (90-81). Até ao final do encontro, o CAB continuou a apostar numa defesa muito pressionante, tentando forçar o adversário a cometer erros, mas, infelizmente, os homens da casa não cederam e acabaram por ganhar a partida por 96-85.
Amigas sobrevivem a susto em Coimbra
A equipa feminina iniciou a sua campanha nos ‘playoff’ com uma deslocação a Coimbra, para defrontar o Olivais, uma equipa perigosa e merecedora de toda a atenção das Amigas. As comandadas por João Pedro Vieira não esperavam tarefa fácil, mas queriam vencer para ganhar vantagem na eliminatória, que tem a sua continuidade no próximo fim-de-semana, no Pavilhão do CAB.
O jogo começou melhor para a equipa de Coimbra. As locais demonstraram maior concentração e também maior capacidade de concentração que as Amigas. O CAB esteve demasiado permissivo no capítulo dos ressaltos, onde o Olivais demonstrou maior agressividade, e também pouco esclarecido nas suas opções de ataque, demonstrando alguma falta de entendimento. Além disso, o CAB não estava a conseguir marcar quaisquer lançamentos de três pontos (ao invés do Olivais, que anotou dois) e estava a falar demasiados lances livres (3/6, ao invés dos 4/4 das da casa). Com todo o mérito, a equipa de Coimbra terminou o primeiro período na frente por 20-19.
No segundo tempo, o CAB continuou sem perceber que a riqueza ofensiva da equipa do Olivais está no seu lançamento exterior. Face a permissividade das madeirenses, as da casa continuaram a lançar, continuaram a marcar e continuaram a liderar.
O CAB, pelo contrário, parecia um grupo com pouquíssima personalidade e ainda menor ambição. Com a excepção de Ashley Bruner, que, ao intervalo, já registava 15 pontos e 10 ressaltos, toda a restante equipa estava demasiadamente acomodada e demonstrava uma enorme dificuldade em marcar pontos, fazer assistências ou ganhar ressaltos.
Um Olivais motivado e determinado não só ganhou o segundo tempo (17-13), com toda a justiça, como chegou ao intervalo na frente por 37-32. O CAB estava perigosamente instalada à espera que algo acontecesse e a contar com facilidades que não apareceram.
No regresso dos balneários, a equipa do CAB demonstrou determinação em dar a volta ao marcador, porém continuou a cometer os mesmos erros que tinha até ao momento, especialmente no que se refere à incapacidade de travar o lançamento exterior do Olivais. No ataque, a diversidade de opções das Amigas continuava a não se fazer sentir, com o grupo a expressar grandes limitações e falta de dinâmica. Uma reacção dos últimos três minutos do terceiro tempo permitiu às comandadas por João Pedro Vieira conseguir o que ainda não tinham conseguido, nomeadamente passar para a frente do marcado e chegar ao fim da meia hora de jogo a ganhar por 47-53.
No último período, a qualidade superior do plantel do CAB 'veio ao de cima', com as Amigas a explorarem com uma eficácia maior a pluralidade de opções ofensivas e a sua capacidade de ressalto (49 ganhos contra 28 do Olivais). Na parte do Olivais, testemunhou-se um quebra na eficácia de lançamento e também na frescura física, que foi inferior, factores que também facilitaram a ascendência das madeirenses, que ganharam por 52-63.
Concluido o primeiro jogo das séries contra o Olivais, as Amigas regressam à Madeira onde, no sábado, voltam a defrontar as atletas de Coimbra. Caso ganhem, as Amigas seguirão para a disputa do título nacional, que decorrerá nos Açores, numa final que reunirá as quatro melhores equipas do país, jogado todas contra todas. como basta uma 'escorregadela' para comprometer o trabalho todo de uma época, do plantel do CAB exige-se nada menos do que concentração e determinação absoluta.
Em termos individuais: Kristen Mann (12), Joana Lopes (11), Lavinia Silva (6), Ashley Bruner (21), Sofia Silva (13).
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