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27/10/2014
GAME DAY
Amigas inspiradas aceleram frente ao GDESSA
No segundo jogo de uma jornada dupla que começou ontem, com um jogo contra o Torres Novas, a equipa do CAB defrontou, desta feita, a formação do GDESSA, uma equipa bem organizada, muito forte no capítulo defensivo e que se apresenta na presente edição da Liga Feminina com a ambição clara de chegar aos lugares cimeiros. O jogo antevia-se, portanto, uma tarefa bastante exigente para as madeirenses, que tinham de estar no seu melhor nível se quisessem vencer o encontro e preservar a invencibilidade que detinham na entrada para o jogo.
A partida começou melhor para o CAB, que venceu o primeiro período pelo resultado de 12-20. A boa prestação das Amigas deveu-se muito à sua eficácia na concretização dos lançamentos de campo (67% de aproveitamento nos primeiros dez minutos) e nos lances-livres (100% de concretização). A juntar ao grande acerto nos lançamentos, o CAB estava dominante na luta das tabelas, garantindo, no primeiro tempo, a conquista de 16 ressaltos, contra apenas metade (8) da equipa da casa. Ashley Bruner e Julie Forster eram as mais concretizadoras pelo CAB, dominando a lista das melhores marcadoras nesta fase do encontro.
No segundo tempo, Joana Lopes, base das Amigas, averbou a sua terceira falta, factor que forçou o treinador João Pedro a tirá-la momentaneamente da partida. Como consequência, a dinãmica de ataque das Amigas alterou-se, com o CAB a cometer algumas perdas de bola, pois a base substituída estava a desempenhar um papel fundamental nas dinâmicas da equipa. O GDESSA aproveitou o ligeiro desnorte das madeirenses para tentar conquistar pontos no marcador, porém o CAB soube sofrer e resistir, mantendo uma distância relativamente às adversárias que lhe permitiu chegar ao intervalo a vencer por
Nesta fase do encontro, as melhores marcadoras do CAB era Ashley Bruner (14) e Julie Forster (8), bem acompanhadas por Leonor Nunes (5) e Carolina Escórcio (2). Nos ressaltos, o CAB continuava a dominar (21 ganhos contra 14 do GDESSA), assim como nos roubos de bola (7 conquistados contra 5 das locais). Mesmo assim, havia alguma preocupação pois as Amigas, em vinte minutos de jogo, já tinham cometido 11 perdas de bola e realizado o mesmo número de faltas, facto que tinha permitido ao GDESSA anotar, só no segundo período, seis lances livres, ou seja, a totalidade a que tiveram direito nessa fase da partida.
No retomar do jogo, ambas as equipas falharam um número de lançamentos, impedindo que, nos primeiros três minutos do terceiro tempo, se registassem quaisquer alterações no marcador. Joana Lopes, retornada ao jogo, quebro o impasse, anotando pelo CAB. O seu exemplo foi seguido pelas companheiras de equipa, que se aplicaram ainda mais intensamente nas missões defensivas e ofensivas. No lado oposto, o GDESSA continuava a demonstrar algum desacerto na hora de lançar ao cesto, situação atípica naquela equipa, que normalmente revela grande concentração e eficácia.
No geral do terceiro tempo, o CAB alargou a vantagem pontual, ganhando o período por 12-22 e chegando ao fim do terceiro tempo na liderança pelo resultado de 39-57. O quarteto formado por Ashley, Julie, Leonor e Escórcio tinham marcado, entre si, 49 pontos dos 57 anotados pelas Amigas.
No quarto tempo, o treinador João Pedro optou por dar algum tempo de descanso a Ashley Bruner, que ainda não tinha descansado desde o início do jogo. O CAB geriu bem o afastamento temporário da jogadora que estava a ser uma das suas principais referências ofensivas e manteve o jogo controlado perante um adversário que dava mostras de não ter ainda entregue o jogo. Mesmo assim, a seis minutos do fim do encontro, a diferença pontual entre as formações era de 21 pontos (64-43), números que comprovavam a entrega das madeirenses à partida, por um lado, e, por outro lado, a tarde menos inspirada que estavam a ter as continentais.
Até o final do encontro, com a base Joana Lopes a fazer uma excelente orquestração das movimentações do CAB, jogando e fazendo jogar, toda a equipa madeirense apresentou um bom nível de basquetebol. Mantendo, sempre, uma grande agressividade nos ressaltos e na defesa, o ataque das madeirenses foi surgindo com naturalidade. O fim do encontro chegou com a vitória das insulares por 55-76.
Em termos individuais: Joana Lopes (2 pontos, 7 assistências), Ashley Bruner (21 pontos, 12 ressaltos), Julie Forster (20 pontos, 11 ressaltos, 5 assistências), Carolina Escorcio (7 pontos, 3 ressaltos), Marta Bravo (7 pontos), Carla Freitas (9 pontos, 3 assistências) e Leonor Nunes (10 pontos, 3 ressaltos).
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