28/08/2014
GAME DAY
Entrevista com o novo Secretário-Geral da Direcção do clube
Roberto Rodrigues é uma das caras novas da recém-eleita Direcção do CAB. Ocupando o cargo de Secretário-Geral, o mais novo dos dirigente dos Amigos dá, assim, continuidade numa carreira de quase vinte anos ao seviço do clube da Nazaré, a qual inclui anos como jogador e também como treinador.
Na sua primeira entrevista ao Site Oficial do CAB, o Secretário-Geral denota toda a ambição e determinação que rege o grupo de dirigentes que integra, abrindo janelas sobre o presente e sobre o futuro da instituição. Aqui deixamos registadas as suas palavras:
Como reagiste ao convite do presidente Francisco Gomes para integrares a Direcção do clube?
Inicialmente, fiquei surpreendido pelo convite, pois não esperava que a Direcção anterior sofresse qualquer alteração, no entanto fiquei contente, pois, apesar do grande desafio, esta é uma prova de reconhecimento do trabalho efectuado há quase vinte anos no CAB.
Já viste o clube com 'olhos' de atleta e de treinador. Agora estás no clube como dirigente. É um olhar muito diferente dos outros dois?
Que é um olhar diferente , não tenho dúvidas, pois, já na altura quando passei a treinador, tive a oportunidade de voltar a jogar, e, já aí, quando estava dentro de campo 'olhava' de maneira diferente o próprio jogo, algo que acontecia também como treinador, pois o conhecimento e experiência de atleta influenciava muito essa abordagem.
Agora, como dirigente, poderei dizer que, infelizmente, não terei uma acção directa para com o jogo, mas penso que as experiências tidas em todas as linhas de acção de um clube (atleta, treinador e dirigente) poderão ser uma mais-valia (ou não!) em todos os aspectos necessários ao clube, aos atletas e treinadores, influenciando indirectamente.
Qual é o aspecto que gostas mais e o que gostas menos de estar na Direcção?
O aspecto que gosto mais é a possibilidade de ter alguma influência em decisões do 'meu' clube de maneira a trilhar um caminho, que sempre possa ter pensado que seria o melhor, enquanto fui atleta e treinador, procurando ajudar a ultrapassar algumas situações mais complicadas que pessoalmente possa ter enfrentado.
Por outro lado, o meu gosto pelos desafios poderia dizer que não tinha nenhum ponto menos positivo, mas não seria correto da minha parte, pois encontrando-me na Direcção, seguramente não irei gostar de por vezes ter de dizer não a algumas coisas que por contingências externas ao clube levarão a essa tomada de posição, mas tudo farei para que sejam poucas essas vezes.
De que forma te vês a contribuir para a gestão do clube ao nível da Direcção?
Tendo contribuído vários anos como atleta e treinador, agora, como dirigente, a minha contribuição será total, sem nunca ultrapassar aquilo que são os limites do próprio cargo, pois existe uma equipa nova, coesa e trabalhadora onde cada elemento terá a sua própria responsabilidade, nunca descurando que, pela minha experiência e área de estudo, terei preferência pelas intervenções nas áreas de gestão, recursos humanos e marketing, mas aqui será mais fácil para mim pois a 'bola' está nas mãos do presidente, e, se ele a passar, seguramente irei procurar levá-la ao seu destino (o cesto!).
Algo que o clube e a Direcção terão da minha parte será a defesa por um projecto formativo forte de modo a que no futuro seja possível ter ao nível masculino um peso maior da formação e no feminino manter o estatuto conquistado nos últimos anos.
Na tua opinião, quais são os principais desafios que confrontam o clube?
Com toda a frontalidade, não tenho dúvidas que o principal desafio do clube prende-se com a área financeira, pois o passado recente não tem sido nada amigo, no entanto nunca será desculpa ou refúgio para qualquer decisão, pois o clube nos últimos anos fez um trabalho fantástico e terá de manter o que de bom se fez e melhorar o menos positivo. Digamos que o CAB passa por um processo de (re)invenção.
Sentes-te preparado para a crítica que sempre é dirigida a que está na gestão das instituições?
Essa, para mim, é a parte mais fácil, mas pessoalmente gosto de dividir os críticos: 'críticos fundamentados', estes não deverão ser considerados críticos, mas sim conselheiros, por vezes fazem-no na praça pública por não saber onde deverão dirigir-se para dar a sua opinião e a esses convidava-os a todos, caso tivessem interesse, em falar comigo para transmitir na direcção as suas ideias/opiniões; 'críticos simples' são aqueles que criticam tudo e todos e acho mesmo que não têm mais para fazer, a falta de ocupação ou o insucesso pessoal faz com tomem partido dessas suas atitudes.
No entanto, quanto a todos eles, sempre que existirem, irei procurar nas suas palavras algo de bom e construtivo para transportar o CAB a outro patamar. Agora, quanto àqueles que procurarem apenas 'destruir' o clube, tenho um banco de suplentes muito grande, e, como treinador, quem não merece não entra.
Como é que está a decorrer a preparação da nova época? E o que é que os sócios e simpatizantes do clube podem esperar do clube em 2014-2015?
A preparação da nova época está a decorrer com muita expectativa. A Direcção está a procurar a melhor solução para todo o clube, desde a formação aos seniores, com os vários projectos e actividades para a época desportiva.
Os sócios e simpatizantes, normalmente tendem a se interessar mais pelas equipas seniores, quanto a esses poderemos garantir que trabalho e dedicação não irá faltar, com duas excelentes equipas técnicas (já tive oportunidade de trabalhar com todos). As equipas estão a ser construídas com muito rigor de modo a se apresentarem competitivas sem hipotecar nada financeiramente.
No entanto, pedia que todos estes Amigos, procurassem agilizar um pouco do seu tempo pessoal para, desde a formação aos seniores, estarem sempre mais presentes, especialmente os pais junto dos seus filhos, pois todo o jovem atleta gosta da presença dos seus familiares
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